9 de abril de 2020
As perspectivas, porém, melhoram ao analisar o cenário para os próximos anos e 55% se mostram otimistas ou muito otimistas para 2021.
A retomada do mercado de capitais americano é vista com pessimismo ou muito pessimismo em 2020 por 6 em cada 10 entrevistados de pesquisa realizada pela consultoria Boston Consulting Group de 20 a 22 de março
Os pesquisados foram investidores que, juntos, somam mais de US$ 4 trilhões em aplicações.
As perspectivas, porém, melhoram ao analisar o cenário para os próximos anos e 55% se mostram otimistas ou muito otimistas para 2021, índice que sobe para 63% no horizonte de 2022.
De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados esperam que o forte impacto gerado pela crise do coronavírus tenha se encerrado até o fim do terceiro trimestre de 2020. Em contrapartida, apenas 15% dos investidores esperam que o índice S&P 500 volte a crescer até lá.
O estudo aponta que 89% dos investidores querem que as empresas comecem a se preparar para a retomada da atividade econômica e impulsionar crescimento futuro.
Mais rápido em Wall Street
Gestores de recursos veem uma recuperação mais rápida do mercado de ações americano em comparação com a bolsa brasileira.
Para Mario Torós, ex-diretor do Banco Central e sócio-fundador da Ibiuna, se for uma transição rápida e com as políticas econômicas corretas, num tempo razoável, o mercado volta a ter múltiplos semelhantes, a exemplo da crise de 2001, quando houve os ataques terroristas às torres gêmeas e ao Pentágono nos EUA.
Ao participar de “live” da XP Investimentos nesta semana, Torós estimou um período de seis a oito meses para que os preços voltem à normalidade, a depender dos avanços para o tratamento do novo coronavírus ou até a descoberta de uma vacina.
(Com Valor PRO)